Ensinar e
entreter. Esse é o mote do Jogo dos Três Poderes, iniciativa desenvolvida há
mais de 10 anos pelo TozziniFreire Advogados e premiada na edição 2017 do
Prêmio Lumen na categoria "Responsabilidade Social”.
"Quando começamos a formatar o Jogo, tínhamos dois objetivos: criar algo atrelado ao tema ‘cidadania’ e atingir o público jovem. Na época, percebemos que muitos adolescentes ainda não entendiam os conceitos básicos sobre os três poderes e decidimos formular algo nesse âmbito”, destaca Maria Elisa Gualandi Verri, sócia do escritório.
Com o tema decidido, a melhor maneira de atingir os jovens passou a ser o foco de atenção da equipe que elaborou o projeto. E a chave para responder a questão foi a ludicidade.
"Não queríamos falar sobre política de uma maneira tradicional, por meio de uma aula chata que desinteressa o aluno. Por isso, optamos por desenvolver algo lúdico, que incentivasse a interação e participação dos jovens, estimulando o trabalho em equipe. Dessa maneira, criar um jogo nos pareceu a melhor ideia”, diz a advogada.
E a aposta se mostrou certeira. Na última década, a iniciativa já atingiu mais de sete mil jovens de baixa renda, que participaram das oficinas realizadas na Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social) e em escolas estaduais por meio de colaboração com a associação Parceiros da Educação.
De acordo com Maria Elisa, o Jogo rapidamente se tornou um sucesso. "A ação começou a tomar um tamanho, em relação ao atingimento de público, que não era esperado. As devolutivas pós-oficinas são sempre muito positivas, destacando os conhecimentos apresentados e absorvidos pelos jovens. Genuinamente, temos a sensação de que plantamos uma semente de consciência em cada participante”.
Conscientização política é essencial
O Jogo dos Três Poderes é aplicado nas entidades de ensino por voluntários advogados e colaboradores administrativos do TozziniFreire. Durante a oficina, os jovens têm contato sobre as funções do Legislativo, Executivo e Judiciário nacional e como as ações ali pensadas e executadas impactam a vida cotidiana.
Por meio de tabuleiros e peças, os jogadores formam os organogramas de cada poder, conhecendo seus principais órgãos, responsabilidades, hierarquias, dinâmicas e meios de acesso popular.
"Somos totalmente apartidários. Nosso papel não é falar o que é certo ou errado, mas trazer a consciência sobre a importância do voto, da participação e do entendimento de como a política impacta a realidade que cada pessoa vive em todos os âmbitos, mostrando que todos somos uma peça dessa complexa engrenagem. Buscamos incentivar o protagonismo político em cada um dos participantes”, explica.
Voluntariado e parcerias
Trabalhar por meio do voluntariado de seus profissionais e parcerias com entidades reconhecidas é um dos grandes méritos do projeto, já que, enfatiza a advogada, por envolver voluntários de diferentes áreas do escritório na aplicação do Jogo, há um incentivo de trocas de experiências e integração.
"Além disso, poder sair um pouco da rotina e ter contato com outras realidades é algo muito produtivo. No fundo, não são só os jovens que aprendem nas oficinas, todos nós acabamos por sair com a ‘alma lavada’!”
Sobre a premiação
O Prêmio Lumen é uma iniciativa do Sinsa e Cesa (Centro de Estudos das Sociedades de Advogados), que tem o objetivo de motivar e disseminar o bem social a partir do reconhecimento de iniciativas de comprovada eficácia, realizadas por sociedades de advogados e que possam ser replicadas por outras organizações.
Se seu escritório está dedicado à implementação de projetos voltados à comunidade, com foco nas pessoas, inscreva a iniciativa, até 15 de outubro, na edição 2018 da premiação, por meio do www.premiolumen.com.br.
*Na foto, Maria Elisa Gualandi Verri (segunda da direita para a esquerda) recebe o Prêmio Lumen 2017.
Produção e edição: Moraes Mahlmeister Comunicação