Convidado pela comissão organizadora do evento, Luis Otávio Camargo Pinto, diretor-presidente do Sinsa, participou, em nome das sociedades de advogados dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, da solenidade de abertura da XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira.
A ocasião foi marcada pela presença e exposições de autoridades de governo, lideranças jurídicas e de organizações internacionais da área do Direito, dando início à programação que acontece até 30 de novembro, na capital paulista.
OAB além das suas fronteiras
Claudio Lamachia, presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), principal responsável pela organização do encontro, deu boas-vindas aos presentes e, em discurso inflamado, defendeu o papel da organização para além de suas fronteiras.
De acordo com ele, a exemplo de em outros momentos de sua história, a Ordem extrapola a atuação em nome da categoria de advogados, posicionando-se em prol do Estado de direito, da liberdade democrática e probidade de atuação das instituições em manifestações formais e públicas, exigindo coerência no exercício dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
"O país que temos e o país que queremos será debatido neste evento nos próximos dias”, afirmou, ao citar os 40 painéis de discussão, que receberão 250 palestrantes nacionais e internacionais no maior encontro da advocacia nacional.
Contra abusos ao estado democrático, mais democracia
Já Marcos da Costa, presidente da OAB SP, entidade coorganizadora do Conferência, foi especialmente aplaudido pelo público ao destacar a necessidade do surgimento de novas lideranças, além da defesa do trabalho realizado pela imprensa e da preservação dos direitos individuais.
"Contra os abusos cometidos no Estado de direito democrático, somente mais democracia equivale ao remédio para o combate a desvios. Neste contexto, nós, advogados, exercemos um papel primordial. Sem advocacia não há justiça e, sem justiça, decreta-se a morte da cidadania”, enfatizou a liderança da seção paulista da Ordem.
OAB e seu papel em 87 anos de existência
Cármen Lúcia Antunes Rocha e Alexandre de Moraes, presidente e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), respectivamente, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do senador Álvaro Dias e outras autoridades e líderes, compuseram a mesa de abertura do evento, que homenageou as pessoas que fizeram e fazem a história da categoria ao longo dos 87 anos de existência da OAB.
A presidente do STF, em discurso, relembrou o ano de 1958, quando ocorreu a primeira edição da Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, comparando as dificuldades enfrentadas pelo país naquele ano e agora.
"Muitos dos nossos problemas permanecem desde então. A OAB, por seu papel que transcende a atuação pela advocacia, deve seguir como a manifestação da sociedade brasileira. Trata-se de uma entidade da qual tenho orgulho pela trajetória, papel social e junto à qual planejo voltar a fazer parte”, disse ela em reconhecimento ao trabalho liderado pela organização nas suas diversas frentes.
Sobre a Conferência
O evento, lançado oficialmente em 27 de novembro, traz fóruns de debate distribuídos em oitos eixos temáticos: Direitos e Garantias Constitucionais; Combate à Corrupção e o Devido Processo Legal; Reformas Estruturais; Garantia do Acesso à Justiça; Protagonismo da Advocacia; Pluralismo; Direitos Humanos; e Questões Atuais e Relevantes do Direito.
Gisela da Silva Freire, diretora vice-presidente do Sinsa, esteve no painel sobre Sociedades de Advogados, presidido por Carlos José Santos da Silva, presidente do CESA (Centro de Estudos das Sociedades de Advogados), em 28/11.
Serviço
XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira
Data:de 27 a 30 de novembro
Local:Pavilhão de Exposições Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1209 - Santana - São Paulo/SP)
Programação Completa:http://conferencia.oab.org.br/Content/doc/paineis-23cnab.pdf
Inscrições:http://conferencia.oab.org.br/